quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Julian reynolds Reserva 2005


Julian Reynolds 2005. Vinho tinto ReservaProduzido na herdade da Figueira de Cima, protegida pela serra de S. Mamede, região possuidora de um micro - clima de amplitudes térmicas muito variadas entre o dia e a noite e com uma excelente exposição solar nos chega este vinho.
Feito com uvas das castas Trincadeira ( 30% ), Alicante Bouschet 
( 40 % ) e Aragonês  ( 30% ).

Mesmo com uma dose generosa deste vinho no copo a sua cor granada escura, muito escura se mantém.

Com aroma inicial de fruta preta, fresca em especial ameixas, evolui rapidamente para os figos secos, as especiarias ( pimenta ) e uma nota fumada final de tabaco.

Na boca um vinho bem estruturado de complexidade elevada e com taninos algo austeros. De longa persistência as notas de fumo
( tabaco ) permanentes e prolongadas.

Um vinho muito elegante mas muito complexo, a sua austeridade talvez aponte para mais um tempo de guarda, para aveludar os seus taninos.Também possui uma acidez de perfil médio.

Preço entre 12 e 14 Euros.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Herdade das Servas Touriga Nacional 2008



Na cidade alentejana de Estremoz desde 1667 são produzidos os vinhos da Herdade das Servas. Este em especial com vindima 100% manual e um estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês ( 70% ) e americano ( 30 % ). Ainda estagia em garrafa na própria herdade por 12 meses, antes de chegar ao mercado.
Feito100% à partir da casta mais portuguesa de todas a Touriga Nacional.

No copo apresenta um cor violeta densa, bastante escura o que poderia revelar um vinho ainda fechado de aromas e sabores, mas isso não aconteceu.
Uma aroma fresco e floral libertando as suas violetas, frutos pretos, e algumas notas mentoladas.
Na boca os frutos pretos amadurecem, as notas mentoladas evoluem para um final misto de cacau e baunilha. Seus taninos são robustos e austeros ainda assim bem integrados com as notas de tosta do seu estágio.

Um vinho de sabor intenso, elegante, com uma boa acidez.
Quanto a mim uma ligeira presença excessiva da madeira no seu final de boca, que pode ser colmatada com mais algum tempo em garrafa.
Um vinho que está excelente para o consumo imediato, mas sem qualquer dúvida irá ganhar, e muito, com mais algum tempo de garrafa ( entre 5 a 10 anos ). 

Preço entre 14 e 17 Euros.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Churcills Estate 2009





Proveniente de uma casa tradicional produtora de vinhos do Porto, à partir de 2004, também se lança na produção de vinhos tintos e brancos de mesa.

Vinhas plantadas na zona do Cima Corgo da região do Douro.

Possui Touriga Nacional ( 40% ) Touriga Franca ( 30% ) e Tinta Roriz ( 30% ). Parte do seu lote, cerca de 30%, estagiou em barricas de carvalho francês usadas e novas para extrair o melhor que o carvalho pode conferir a este vinho.

Apresenta uma cor granada profunda com tarços violáceos.

No nariz temos os frutos silvestres, em grande destaque as cerejas, ainda com um final especiado a pimenta branca com ligeiras notas florais revelando a sua frescura.

Na boca nos chega um vinho complexo, rico em texturas, muito bem equilibrado e com uma estrutura média / elevada. As frutas vermelhas em harmonia com as notas de tosta do seu estágio perfazem um conjunto bastante harmonioso.

Em suma um vinho muito elegante de estilo moderno, com taninos bem equilibrados e com estrutura para poder ainda evoluir na garrafa durante alguns anos.

Preço entre 9 e 11 Euros.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Quinta do Pinto, Merlot & Syrah 2008


Quinta do Pinto Merlot & SyrahA Quinta do Pinto está situada na Merceana, bem no coração da região vitivinícola de Lisboa. vinha plantada em suaves encostas que recebem uma excelente influência Atlântica.

Composto apenas por duas castas o Merlot ( 50% ) e a Syrah ( 50% ).
 Se apresenta no copo com uma cor granada escura, de aspecto denso e volumoso.
Nos seus aromas temos como dominante a  ameixa preta ora muito fresca , ora em compota, com um final muito ligeiro,um misto entre os aromas do café e do chocolate negro.
Na boca um vinho gordo com bastante volume, a ameixa preta muito madura e um fim de boca com notas de café, o chocolate muito, mas muito tímido quase desaparece.

Por fim um vinho cremoso, de mediana acidez, com taninos suaves muito bem integrados na estrutura média / complexa deste vinho. 

Uma casa que sempre me surpreendeu pelos seus excelentes vinhos brancos nos reserva um excelente exemplar com este tinto feito à partir de duas castas internacionais cultivadas na nossa capital. 




quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Contacto 2011, Anselmo Mendes



Considerado por alguns como o  "pai" dos vinhos verdes em Portugal, Anselmo Mendes produz uma larga e extensa gama de vinhos verdes, de variados preços. O seu trabalho de produção, divulgação dos vinhos verdes em Portugal e no exterior é um grande feito desta sua obra.

Feito 100% com a casta Alvarinho, ( uma das que mais aprecio ), foi fermentado em pequenas cubas de inox e estagiou por 4 meses sobre as suas borras antes do seu engarrafamento.
No copo a sua cor amarelada com tons dourados de aspecto muito límpido.

Os seus aromas a frutos cítricos em especial o ananás e a laranja verde com final subtil a pêssegos e alperces.

Um vinho seco na boca, com uma acidez média com todos os citrinos presentes e um final bastante mineral.

Vinho este muito macio, bastante agradável com um corpo de estrutura média e de final longo e persistente. Na minha opinião expressa de uma maneira franca e clara o que a casta Alvarinho tem de melhor.

Preço entre 9 e 11 Euros





















quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Misterio Chardonnay 2011




Elaborado 100% à partir da casta Chardonnay este vinho produzido na Argentina mais concretamente na região de Mendoza, possui sem dúvida um sotaque portugês. A Finca Flichman foi adquirida pela Sogrape em 1998, manteve o patrimônio e as vinhas existentes na altura e fez um investimento tecnológico para melhorar a qualidade dos vinhos aqui produzidos.

Vinho que estagiou, em parte, durante 3 meses antes de ser lançado no mercado.
Com uma cor palha com ligeiros traços dourados brilhantes.
Tem um aroma a peras e a melão muito fresco, um final abaunilhado e ligeiras notas de canela.
Na boca revela uma excelente acidez, taninos presentes mas bem arredondados. Sabores a meloa e melão nos preenchem a boca, num vinho envolvente e de média persistência.

Uma excelente integração da barrica, um equilíbrio muito justo e firme, com uma acidez bem presente do começo ao final da garrafa.
Na minha opinião um vinho alegre e fresco que pode ser bebido com ou sem a companhia de uma refeição.

Preço entre 5,50 e 7 Euros






terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vale da Mata 2008


Vinho classificado em 2011 como um dos melhores da sua região pela revista de vinhos e com excelentes críticas na imprensa da especialidade, despertou o meu interesse por esta prova.

Produzido numa pequena parcela de vinha na alta Estremadura, situada à norte de Lisboa. Composto por : Syrah, Touriga Nacional e Aragonês. De destacar a vindima é feita sem o auxílio de máquinas, 100% manual. Estagiou em tanques sem qualquer passagem por madeira.

Mal toma o copo aparece a sua cor rubi densa e profunda.
As frutas pretas ( groselhas sobretudo ) invadem o nariz vorazmente seguidas pelas especiarias, notas leves de noz moscada, no fim nos conforta com um leve toque a chocolate.
Na boca seus taninos parecem veludo, muito macios mas presentes em um equilíbrio fantástico,aparecem as frutas pretas e as especiarias e finaliza com um toque de chocolate amargo.
Sendo um vinho com uma boa estrutura nos deixa uma persistência bastante prolongada, ficando a sensação que soube a pouco.....volto a encher o copo......

De salientar ainda que todos os vinhos produzidos na Herdade do Rocim ou com supervisão da mesma, que é o caso deste Vale da Mata produzido na região de Lisboa, possuem quanto a mim um dos melhores "packagings" a nível nacional.

Preço entre 8 e 9 Euros.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Duet, Chardonnay - Viognier 2011 Maison Louis Latour

VINHO DUET LOUIS LATOUR CHARDONNAY VIOGNIER BCO 750 ML

Produzido em França na tão famosa região da Borgonha, aparece este vinho da Maison Louis Latour. Um blend que possui 70% da casta Chardonnay e 30% da casta Viognier.Castas estas que foram fermentadas em conjunto nas cubas de inox, sem passar por qualquer estágio em barricas.

Possui uma cor amarela vibrante com laivos esverdeados que se misturam no copo.
Com uma aroma cítrico predomina o limão e a lima, e um aroma discreto a alperce e um leve toque a relva molhada que caracteriza o seu Terroir.
Na boca explode a sua frescura, com a delicadeza dos citrinos lima - limão e um final com toque de damasco e claro o bem presente "amanteigado" da casta Chardonnay.

Em conclusão um vinho cheio de aromas e sabores bem frescos, fruta muito viva, muito equilibrado e uma cor límpida, cintilante que nos ofusca. 

De referir ainda a belíssima garrafa deste vinho, num estilo pouco comum para os vinhos portugueses. Uma pequena mutação no seu bojo proporciona uma garrafa fora dos modelos padrão. 

Preço entre os 9 e 10 Euros.


Maison Louis Latour





sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Telhas Tinto 2009



     Há já algum tempo que conheço e trabalho com os vinhos desta casa, com a batuta dos vinhos está o enólogo Peter Bright um Australiano eterno apaixonado pelo Alentejo e por Portugal. 

Vinho composto pelas castas Syrah ( 95% ) e Viognier ( 5% ) com um estágio de 18 meses em barricas de carvalho Americano.
Este designado "corte" da casta tinta por uma casta de uvas brancas é comum em França mais propriamente na região de Côte-Rotie.

Aparece no copo com uma cor vermelha intensa com um interior púrpura brilhante.
No seu aroma temos a predominância das flores do campo (violetas) e a frutos vermelhos maduros, finalizando com a especiaria e a baunilha proveniente do seu estágio.
Ao provar os frutos vermelhos se transformam em compota, a tosta e o sabor abaunilhado se integram num conjunto muito harmonioso.
A sua estrutura complexa e o seu sabor intenso, fresco e vibrante revelam uma excelente qualidade.

Um vinho envolvente e jovem que nos desperta muita curiosidade sobre a sua evolução aos longo dos anos.
 Nos indica que este método de "corte" francês deve ser utilizado, e é muito bem vindo no Alentejo.
Parabéns ao produtor e ao enólogo pelo arrojo em fazer vinhos assim em Portugal. 

Preço entre 18 e 20 Euros 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Quinta de Cabriz Reserva 2006


Ontem pela mão de dois grandes apreciadores da região do Dão foi feita um prova On Line de vinhos. Isto mesmo foi marcada uma data e uma hora e estavam vários enófilos, Bloggers e amantes do vinho em frente ao seu computador, como não poderia ser diferente também quis participar no evento.Todos a degustar o vinho seleccionado e a expressar as sua opiniões de um modo bastante descontraído e no conforto de suas casas. O evento foi intitulado pelos organizadores Miguel Pereira e Pingus Vinicus de #DaowineloverCabriz e moderado pelos mesmos.Foram utilizadas duas das maiores redes sociais do momento o Facebook e o Twitter. Desde já quero dar os meus parabéns aos organizadores pela iniciativa, e para mais informacões sobre esta prova podem consultar o grupo #Daowinelover no Facebook.

Mas passando ao vinho em questão feito a partir das castas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz e estagiado em barricas de carvalho francês.
Apresenta uma cor rubi densa com traços violáceos no copo. Um excelente aroma a frutos do bosque sobretudo frutos vermelhos, com algumas notas florais e um final balsâmico bastante macio.
Na boca revela a garra das frutas vermelhas tendo um final com especiarias maioritariamente a pimenta. Um vinho com uma estrutura média e taninos bem integrados, com um final de boca algo persistente, com algum potencial de evolução em garrafa.

Este vinho expressa todas as características do Dão e do seu Terroir. Quanto a mim uma receita de sucesso de produção em larga escala, com um preço bastante acessível para um reserva.

Preço entre 7 e 9 Euros.  

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Tapada de Chaves Reserva 2002


Um clássico dos vinhos Alentejanos, feito a partir das castas Trincadeira, Aragonês e Castelão.

Apresenta uma cor granada algo pálida aparentando ser um vinho com mais idade.
No nariz se apresenta muito elegante, com os frutos pretos e vermelhos em calda, fruta muito madura mas bem presente e ainda algumas notas abaunilhadas e tostadas do seu estágio de 15 meses em barricas de carvalho nacional. Seguido por um estágio de 12 meses em garrafa antes de chegar ao consumidor final. De realçar a raridade do estágio ser feito em carvalho nacional ao invés do carvalho Francês e Americano normalmente utilizado.
Na boca regressam as frutas pretas em calda, bem amadurecidas um leve toque de pimenta com taninos redondos e bem integrados no conjunto. Um vinho com alguma idade que conserva uma excelente acidez e frescura.
Possui uma estrutura complexa e muito bem harmonizada no seu todo.O estágio em garrafa na minha opinião contribuiu e muito para atingir este nível de harmonia neste clássico.
Sem dúvida um excelente néctar.

Preço entre 15 e 20 Euros




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Herdade de S. Miguel colheita seleccionada 2011



Um vinho alentejano até 5 euros e com uma medalha de prata no concurso mundial de bruxelas de 2012, com certeza vale a prova.
Posto isto decidi abrir esta garrafa.

Produzido a partir das castas Alicante Bouschet, Aragonês, Cabernet sauvignon e Trincadeira.
Com uma cor bastante carregada os aromas a amora preta e groselha preta bem presentes e ainda um toque de pimenta preta. Ainda algumas notas tostadas devido ao seu estágio de 6 meses em barricas.
Na boca apesar de jovem, um vinho bem equilibrado, com todos os seus elementos em harmonia, a fruta as especiarias e as suas notas de tosta.
Um vinho com uma estrutura média / complexa e um final de boca com taninos bem presentes mas muito bem equilibrados.
um vinho pronto para consumo imediato mas pode vir a ganhar com 2 / 3 anos de estágio em garrafa.

Preço cerca de 4,50 Euros.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013



Catedral Reserva 2008


 A algum tempo não consultava as revistas da especialidade, foi quando me deparei com esta notícia na Wine Enthusiast, um vinho da região do Dão ( uma das que mais aprecio ) ficou em nono lugar na categoria "Best Buy" de 2012 com 90 pontos,a lista total foi elaborada com 100 vinhos, e o mais incrível e que o painel de prova incluia mais de 17.000 vinhos....... 
    Ora como não podia deixar de ser comprei a garrafa e resolvi experimentar este néctar.
Um vinho com uma cor granada com notas violáceas vibrantes, uma aroma preponderante de frutos vermelhos com um ligeiro toque a especiarias devido ao seu estágio de 6 meses em barricas de carvalho francês, barrica esta que também confere a este vinho algumas notas tostadas mas perfeitamente encaixadas na sua estrutura. Por fim um sabor frutado mas não em exagero, uma estrutura de porte médio mas bastante equilibrada.
    Em conclusão concordo em número gênero e grau com a revista Wine Enthusiast sem dúvida uma excelente relação preço qualidade.

Preço 3,75 Euros aproximadamente.