segunda-feira, 8 de abril de 2013

Trapiche Sauvignon Blanc 2011


 

Com a tão esperada primavera que teima em não aparecer me despertam cada vez mais os sentidos para o consumo dos vinhos brancos. não que no inverno não se bebam vinhos brancos, e que não existam vinhos brancos de inverno mas, mesmo sem querer, os vinhos brancos e frescos combinam com a primavera e com o verão.
Produzido na Argentiza numa das mais conceituadas zonas de produção de vinhos do novo mundo, Mendoza, numa vinha que se chama Los Árboles situada a 1250m acima do nível do mar numa área à norte do rio Mendoza.

Vinho produzido 100% de uvas seleccionadas da casta Sauvignon Blanc e sem qualquer estágio em madeira, se apresenta com uma cor amarela viva de laivos esverdeados.

Nos seus aromas temos como dominantes os seus frutos cítricos tais como a toranja e o limão passando ainda por um ligeiro ananás. Algum vegetal lembrando os espargos.

Na boca temos um vinho seco, repleto de sabores de frutas que também estavam presentes nos seua aromas, o limão e ananás se destacam. Bem como a sua acidez vibrante, e a sua frescura fantástica.

Em resumo um vinho leve, fresco de estrutura e corpo medianos mas, muito complexo no seu leque de aromas frutados que variam à medida que a temperatura do vinho sobe ligeiramente.
um execelente exemplar para a primavera / verão que mais uma vez teimam em não nos visitar em Portugal até a data.

Preço entre 4 e 5 Euros. 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Soalheiro Reserva 2008


A casta rainha das uvas brancas portuguesas, o Alvarinho. Nos proporciona vinhos de relação preço qualidade, na minha opinião, imbatíveis no cenário internacional dos vinhos brancos. mas com muita pena minha a divulgação e a promoção desta casta para o mundo precisa de muito mais trabalho.

Passando ao vinho, produzido em Melgaço à partir de vinhas velhas biológicas e com vindima 100% manual. Estagiou em barricas novas e velhas de carvalho francês com o intuito de conferir ao vinho outros aromas e sabores sem "marcar" em excesso o mesmo.

Apresenta uma cor citrino palha vibrante.

Os seus aromas se apresentam frutados sobretudo os citrinos com algumas notas de frutos tropicais algo amadurecidos. Nuances de relva fresca se apresentando algo herbáceo. Ainda com uma ligeira nota final de tosta proveniente do seu estágio. Com todos estes aromas vibrantes se espera um vinho complexo.

Na boca temos um vinho untuoso, com um volume surpreendente, dotado de citrinos e frutos tropicais exuberantes. notas especiadas e uma mineralidade fantástica. Um vinho complexo de estrutura muito bem equilibrada em todos os seus componentes.

Vinho este que se posiciona num patamar de qualidade e excelência muito acima da média na minha opinião. Este topo de gama da Quinta de Soalheiro merece sem dúvida esta designação por ser um dos melhores néctares da casta Alvarinho com estágio em madeira presente no mercado nacional.

Preço entre 22 e 25 Euros.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Crasto Superior 2010


Produzido na Quinta da Cabreira situada na margem direita do rio Douro, área denominada de Douro Superior.Foram seleccionadas as melhores uvas das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão. Estagiou por 12 meses em barricas de carvalho francês.

Apresenta uma cor púrpura densa de centro avermelhado.

Nos seus aromas se destacam os frutos vermelhos amadurecidos até algo compotados. Bem como a tosta e as especiarias do seu estágio, leve chocolate negro e algum mentolado.

Na boca um vinho cremoso, muito concentrado de taninos finos e estrutura complexa. Possui uma acidez firme que lhe confere uma excelente sensação de frescura. A sua fruta se torna mais amadurecida e compotada, alguma doçura presente.

Um vinho de perfil fino e elegante não descurando os seus aromas e sabores complexos. Uma excelente estrutura de taninos bem integrados bem como muito fresco. Um vinho que na minha minha opinião possui um equilíbrio quase prefeito.
Mais uma excelente aposta da Quinta do Crasto que na minha opinião criou este vinho para colmatar uma faixa de mercado intermédia entre o Crasto colheita e o Quinta do crasto Vinhas Velhas, já que o espaço de preço entre estes dois vinho era muito dilatado.

Preço entre 15 e 16 Euros.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Quinta das Tecedeiras Reserva 2007


Como o nome sugere proveniente da Quinta das Tecedeiras situada na região do Douro Cima Corgo mais correctamente em Ervedosa do Douro. Quinta que possui 15 hectares de vinhas das quais 5 hectares têm mais de 80 anos de existência e as restantes cerca de 20 anos. Plantação de uma leque variado de castas tradicionais do Douro mas apenas uvas tintas.
Composto por várias castas plantadas na quinta tais como: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinto Cão, Tinta Barroca e Tinta Amarela. Estagiou por 10 meses em barricas de carvalho francês.

Apresenta uma cor granada de elevada concentração.

Os seus aromas diversos se confundem e se combinam ao mesmo tempo, os frutos negros ligeiramente amadurecidos ( amoras, cerejas ), bastante floral sugerindo violetas e por fim a tosta do seu estágio.

Na boca temos um vinho de grande complexidade e uma mistura de texturas, os frutos pretos bem amadurecidos sugerem alguma doçura, a baunilha está presente bem como um balsâmico final acrescentando alguma cremosidade ao vinho.Seus taninos são firmes e elegantes com excelente integração em toda a estrutura.

Dotado de um final prolongado e persistente de lágrima espessa e duradoura. Um vinho que nos desafia os sentidos durante toda a prova, que nos surpreende com uma mineralidade constante. Um exemplar que apesar do seu preço acima da média possui um valor ajustado a toda esta experiência de prova. Sem dúvida um vinho que ainda tem um potencial de evolução em garrafa muito elevado.

Preço entre 23 e 28 Euros.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Casillero del Diablo Reserva 2011 Carmenere




Vinho feito 100% com uvas da casta Carmenere, uma casta com origem na França mais propriamente em Bordéus, mas que sem dúvida encontrou a sua nova casa no Chile aonde nos dias de hoje é largamente cultivada.

Proveniente da zona de Central Valley, apenas 70% do lote deste vinho estagiou em barricas de carvalho americano por 8 meses.

Passando ao vinho, possui uma cor rubi densa de centro violáceo.

Nos seus aromas predominam as frutas ameixas pretas e cerejas com um final tostado e algum chocolate preto.

Na boca se torna um pouco mais complexo, as frutas permanecem muito frescas e presentes, mas se desenvolvem as especiarias, o chocolate preto, a tosta e algum vegetal ( pimentos verdes ).
 Seus taninos são macios e suaves mas presentes e bem integrados na sua estrutura. possui um final médio /longo e de persistência algo prolongada

Um vinho que expressa com uma boa qualidade a casta Carmenere bem como o seu "novo" terroir, aonde se adaptou perfeitamente, nesta localização no Chile.

Preço entre 7 e 9 Euros.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Cem Reis Reserva tinto 2010


Cem Reis Tinto
Proveniente da Aldeia da Serra no concelho do Redondo nos chega este vinho. Elaborado 100% à partir da casta Syrah, com um estágio de 14 meses em barricas ( 70% do lote em carvalho francês e 30% em carvalho americano ).

Possui uma cor violácea muito concentrada de centro bastante escuro.
No nariz logo se destaca a sua juvetude, os frutos pretos ( sobretudo as ameixas ), com notas discretas de mentol e um final de frutos secos, abaunilhado e tostado do seu estágio em barrica.

Na boca um vinho que nos enche,espesso, de taninos firmes e bem presentes mas com boa integração na sua estrutura. As ameixas se tornam ligeiramente maduras e adocicadas. Com nota final de especiarias e algo "quente" dos seus 15º.

Vinho austero de presença bem vincada, com uma longa persistência na boca bem como da sua lágrima no copo.Uma textura espessa surpreendente.Sem qualquer sombra de dúvida um vinho que tem largos anos de evolução pela frente.
Um vinho que possui uma estrutura pouco comum nos vinhos provados por mim até hoje. referindo ainda que na minha opinião das castas internacionais plantadas no Alentejo, esta casta, Syrah, é possivelmente a que melhor se adapta ao clima à sul do Tejo.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Quinta da Fonte do Ouro Encruzado 2011



Neste prova tentarei ser o mais imparcial possível visto estar presente perante uma das castas brancas por mim mais apreciada o Encruzado.

Feito 100% à partir da casta Encruzado e produzido da região vitivinícula do Dão, passou por um pequeno estágio de 4 meses em barricas novas de carvalho francês.

Apresenta um cor amarelada viva de centro algo esverdeado.
Nos seus aromas somos inundados com a sua fruta muito viva, fresca, os citrinos são dominantes, uma mineralidade muito presente e abundante,  por fim notas de ligeira tosta proveniente do seu estágio.
Na boca a sua mineralidade se intensifica, os citrinos também estão presentes mas, as notas de frutos tropicais ligeiramente amadurecidos aparecem para nos conquistar o abacaxi  o ananás e até algumas notas de  banana. Um vinho gordo, denso e muito espesso sem se tornar cansativo devido à sua estrondosa mineralidade.

Um vinho muito vivo devido à constante presença da sua mineralidade no decorrer desta prova. Com uma estrutura algo complexa e de excelente acidez. Possui um final de boca bastante prolongado e uma lágrima bastante persistente no copo.

Com alguma pena minha deveria ter feito esta prova acompanhada de uma refeição, este vinho sem dúvida pede um acompanhamento, uma hramonização à sua altura.

Sem qualquer sombra de dúvida este vinho tem um potencial de envelhecimento em garrafa muito grande, toda a sua estrutura nos revela que daqui a uns anos estará melhor ainda.
Vinho este que retrata no copo o melhor da casta Encruzado a sua riqueza, elegância e exuberância,  não deixando de lado as características do seu terroir, o Dão.

Preço entre 9 e 11 Euros